terça-feira, 13 de agosto de 2013

Meu filho precisa de fono?


Uma das conquistas mais festejada do bebê é quando começa a balbuciar os primeiros sons. Mas, e quando o pequeno começa a apontar e não dizer nada, falar errado, gaguejar? Essas são perguntas que ao serem respondidas irão indicar se está tudo bem com o filhote ou se será preciso procurar um especialista (fonoaudiólogo).

Lógico que não são todas as crianças que precisam ir ao fonoaudiólogo. Os pais devem ficar atentos a alguma alteração ou atraso na fala que não seja esperado para a faixa etária dele. Estima-se que 5% das crianças terão algum tipo de dificuldade. O alerta geralmente vem do pediatra ou da escola e, em todas as consultas de rotina o progresso da linguagem deve ser avaliado.

Como acompanhar o desenvolvimento da fala de seu filho:

- O atraso do início da fala, que é percebido quando a criança articula pouco ou quase nada aos 2 anos, idade em que deveria se comunicar com frases simples. Se isso não acontece o ideal é marcar uma consulta com o fonoaudiólogo.
- Aos 3 anos acontecem as trocas de fonemas, mas isso não caracteriza um problema a princípio, vai depender da substituição que ele faz e da etapa em que isso ocorre. Por exemplo, nessa idade é comum a criança “comer” o R (em vez de falar preto, falar “peto”), e nem por isso é preciso procurar um especialista.
- De 2 a 4 anos seu filho pode começar a repetir as palavras ou as sílabas, o que é conhecido como disfluência fisiológica. Diferentemente da gagueira (um distúrbio neurobiológico, que inicia por volta dos 5 anos e que exige tratamento especializado), essa disfluência dura cerca de seis a dez semanas e acontece porque os pensamentos da criança são mais rápidos do que a capacidade de falar, causando a repetição. Como ajudar? Ouça o seu filho com calma e paciência, sem chamar a atenção para esse comportamento ou pedir para ele falar mais devagar (pois o contrário só fará com que se sinta inadequado).
- Até os 5 anos a criança deve falar todos os sons corretamente (essa regra não vale para prematuros que, em geral, têm mais chances de sofrer atrasos no desenvolvimento). Se perceber algo diferente, procure imediatamente um especialista.

Problemas auditivos, neurológicos ou respiratórios, e até fatores ambientais (como falta de estímulo) podem prejudicar o desenvolvimento da fala. Dentre esses, os de audição são os mais comuns, a criança que ouve pouco, balbucia pouco. Por isso a importância de que o recém-nascido faça o teste de triagem auditiva (teste da orelhinha), gratuito e obrigatório desde 2010. Realizado ainda na maternidade, avalia se o bebê tem alguma dificuldade para ouvir.

De acordo com uma pesquisa da Universidade de Notre Dame (EUA), durante o
primeiro ano ano de vida, os bebês já identificam padrões de sons nas palavras e começam a entender o significado delas. Isso significa que eles já treinam a fala muito antes de balbuciar as primeiras sílabas. Então, para estimular o bebê, converse sempre com ele e crie oportunidades para ele falar. Se a criança apontar querendo algo, diga o nome do objeto antes de atender seu pedido. Quando disser algo errado, responda com a maneira correta, sem corrigi-la para não gerar insegurança. O ideal é não falar em “tatibitate” pois pode atrasar o aprendizado.

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