quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Arte no desenvolvimento de autistas

Iris pintando um de seus quadros

Um dos assuntos polêmicos abordados na novela das 21h, “Amor à Vida”, é o caso do autismo. A personagem vivida pela atriz Bruna Linzmeyer, que faz uma adolescente autista na trama, traz à tona todo um processo familiar que atinge não só as crianças autistas, mas a família inteira. Não estamos aqui para falar do problema do autismo em si, sobre ele, vários sites especializados explicam melhor. Estamos aqui para mostrar como a arte pode influenciar (e mudar) a vida de uma criança autista e sua família.

A britânica Iris Halmshaw, de 3 anos, acaba de ganhar a admiração de pessoas do mundo inteiro graças à suas pinturas que, além de estarem expostas em uma galeria de arte na Inglaterra, são vendidas em um site. Tudo normal tirando a idade da menina e um pequeno grande detalhe: Iris é autista e começou a se expressar por meio dos quadros incentivada pela mãe, Arabella Carter-Johnson, para compensar sua dificuldade em se comunicar com os outros. Ao ser diagnosticada com autismo aos 2 anos, a família de Iris passou a frequentar diferentes terapeutas a fim de descobrir como poderiam ajudar em seu desenvolvimento. Daí surgiu a ideia da pintura. A atividade fez com que Iris apresentasse significativas mudanças. Ela raramente fazia contato visual com outras pessoas, não gostava de brincadeiras em grupo, mostrava comportamentos obsessivos, ficava agoniada quando estava perto de outras crianças e tinha um padrão de sono muito irregular. Hoje, diverte-se escalando as costas da mãe, brinca com outras pessoas, usa seus próprios sinais para se comunicar e consegue dormir melhor.
Um dos quadros de Iris

Assim como as artes plásticas, outra atividade que costuma ajudar o tratamento e o incentivo de pessoas diagnosticadas com o “transtorno do espectro autista” é a dança, pois “tem a função de treinar a linguagem corporal e o desenvolvimento das regiões responsáveis pela motricidade no cérebro. Além disso, estimula a conectividade, a atenção, o controle inibitório e a estabilidade emocional. E os pacientes com transtorno do espectro autista costumam se dar bem com a atividade, pois têm atração por movimentos e sons sincrônicos”, segundo Caio Abujadi, pesquisador do IPq-USP (Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo).

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