Ilustração de Omer Hoffmann |
“Quando o pessoal da
Très Jolie me convidou para colaborar com textos que envolvessem atividades com
crianças fiquei muito orgulhosa! Crianças são bens muito preciosos e durante
minha caminhada profissional (que esbarra totalmente com a pessoal) vim adquirindo
algumas percepções e conhecimentos que são muito bons de compartilhar.
O primeiro assunto que
gostaria de tratar é relacionado à prática de contar histórias em família, que para
alguns parece um bicho de sete cabeças e para outros um instinto natural. Esta
prática é super importante na manutenção dos laços afetivos entre a criança e
sua família. As histórias são um mundo encantado que podem ajudar a entender o
nosso mundo real. Assim, quando um adulto conta uma delas para a criança, ele
apresenta soluções para seus problemas de toda a vida através de metáforas e
arquétipos.
Carolina conta história em sábado cultura na Très Jolie Foto: Evelen Gouvêa |
Obviamente, para cada etapa do desenvolvimento da criança teremos um aprofundamento, uma duração, um detalhamento de cada narrativa. O importante é sempre contar de coração, sem ter que se preocupar em se está esquecendo alguma parte ou tropeçando nas palavras.
Lembre-se sempre de que
quanto menor a idade da criança menor seu tempo de concentração, entretanto
isto não nos impede de conversar com elas olhos nos olhos, ou mesmo, desde o momento
em que estão dentro da barriga da mãe. A voz se comunica não só com o ouvido e
o cérebro, a voz fala à alma, acalma, tranquiliza e transforma.
Tenho experiências com
algumas crianças, que tem a contação de histórias como uma prática regular em suas
vidas. Percebo no desenvolvimento das mesmas mais segurança, mais respeito por
perceber o outro como um indivíduo que respeita e troca, e mais afeto, tanto
entre elas, quanto no vínculo que vem sendo mantido por mim e por seus pais,
que mantém o hábito em casa.
Aos poucos, vou trazer
dicas de repertório e tempo de concentração de cada fase, assim como de
possibilidades de incluir outras práticas e atividades que desenvolvam o afeto,
o respeito e a percepção de indivíduo para nossos pequenos no dia a dia!”
Foto:Reprodução da internet |
Carolina Barberan é arte educadora, bacharel em História da Arte e contadora de histórias.