quinta-feira, 31 de maio de 2012

Contação de histórias e desenvolvimento infantil

Depoimento de Carolina Barberan




                                                                                                                      Ilustração de Omer Hoffmann 

“Quando o pessoal da Très Jolie me convidou para colaborar com textos que envolvessem atividades com crianças fiquei muito orgulhosa! Crianças são bens muito preciosos e durante minha caminhada profissional (que esbarra totalmente com a pessoal) vim adquirindo algumas percepções e conhecimentos que são muito bons de compartilhar.

O primeiro assunto que gostaria de tratar é relacionado à prática de contar histórias em família, que para alguns parece um bicho de sete cabeças e para outros um instinto natural. Esta prática é super importante na manutenção dos laços afetivos entre a criança e sua família. As histórias são um mundo encantado que podem ajudar a entender o nosso mundo real. Assim, quando um adulto conta uma delas para a criança, ele apresenta soluções para seus problemas de toda a vida através de metáforas e arquétipos.

Carolina conta história em sábado cultura na Très Jolie
Foto: Evelen Gouvêa

Obviamente, para cada etapa do desenvolvimento da criança teremos um aprofundamento, uma duração, um detalhamento de cada narrativa. O importante é sempre contar de coração, sem ter que se preocupar em se está esquecendo alguma parte ou tropeçando nas palavras.

Lembre-se sempre de que quanto menor a idade da criança menor seu tempo de concentração, entretanto isto não nos impede de conversar com elas olhos nos olhos, ou mesmo, desde o momento em que estão dentro da barriga da mãe. A voz se comunica não só com o ouvido e o cérebro, a voz fala à alma, acalma, tranquiliza e transforma.

Tenho experiências com algumas crianças, que tem a contação de histórias como uma prática regular em suas vidas. Percebo no desenvolvimento das mesmas mais segurança, mais respeito por perceber o outro como um indivíduo que respeita e troca, e mais afeto, tanto entre elas, quanto no vínculo que vem sendo mantido por mim e por seus pais, que mantém o hábito em casa.

Aos poucos, vou trazer dicas de repertório e tempo de concentração de cada fase, assim como de possibilidades de incluir outras práticas e atividades que desenvolvam o afeto, o respeito e a percepção de indivíduo para nossos pequenos no dia a dia!”

Foto:Reprodução da internet




Carolina Barberan é arte educadora, bacharel em História da Arte e contadora de histórias.

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